MARIOLOGIA

  Virgindade de Maria

 

  • são alternativas da mulher, que se excluem por natureza, que quer reunir milagrosamente na sua Mãe. Os textos mais antigos chamam a Maria “”, e desde os primeiros séculos, “A Virgem”. Três aspectos do dogma: virgem do parto, parto e do parto.Maternidade e virgindadeDeus A Virgemsempre antes no depois

 

  • : O dogma afirma que Nossa Senhora concebeu Jesus, por obra de , mas por obra do Espírito Santo. Cumpriu-se assim a de Isaías: “uma conceberá e dará à luz um filho, que será chamado Emmanuel (Deus connosco)” (). No rezamos assim: “Creio em um só Senhor Jesus Cristo (...). E por obra e graça do nasceu da María” (em latim: “ Maria Virgine”).Antes do partonãovarãoprofeciavirgemIs 7, 14CredoEspírito SantoVirgem ex

 

  • : Longe de depreciar a do corpo de sua Mãe, Jesus deixou--a intacta . Este prodígio é um da divina omnipotência. Ilustração clássica: nasceu como a luz do sol que passa através de um cristal, .No partointegridadeao nascermilagre sem o romper nem manchar

 

  • : “Esta porta há-de estar fechada , não se abrirá nem entrará por ela homem algum, porque entrou por ela Yahvé” (). Os Padres aplicam estas palavras à virgindade de Maria.Depois do partopara sempreEz 44, 1-2perpétua

 

  • : Maria “foi Virgem ao o seu Filho, Virgem durante o ,(...) Virgem do parto, Virgem”.Santo Agostinho, Sermão 186conceberpartodepoissempre

 

Os “irmãos” de Jesus nos Evangelhos

 

  • O hebreu e o arameu de termos para designar diversos graus de parentesco. Lot chamado “irmão” de Abraão em e , e “” em e . Labão chamado “irmão” de Jacob em , quando era irmão ().necessitamdiferentesGn 13, 814, 14.16sobrinhoGn 12, 514h, 12Gn 29, 15de sua mãeGn 29, 10

 

  • dá uma de irmãos de Jesus, entre eles Tiago e José, que por e sabemos que eram filhos de .Mc 6, 3listaMc 15, 40Jo 19, 25Maria de Cleofás

 

  • Se Jesus tivesse tido outros irmãos, não se entenderiam bem as Suas palavras na confiando a sua Mãe ao seu discípulo .CruzJoão

 

  • Pensou-se também negar a virgindade de Maria porque Jesus Cristo é chamado “”, em . Mas esta palavra significa “filho não precedido por outro”, e da existência doutros filhos. O primogénito estava tambémprimogénitoLc 2, 7prescinde

 vinculado com prescrições da lei judaica, e a cada filho único se aplicavam estas

 prescrições para o “primogénito”.

 

  • faz a interpretação de (“a concebeu e deu à luz um filho, que será chamado , isto é, ‘Deus connosco’”). E na de Jesus, , em lugar de dizer “José gerou Jesus”, diz “José, Esposo de Maria, Jesus, que é chamado Cristo”Mt 1, 18-25Is 7, 14virgemEmmanuelgenealogiaMt 1, 16da qual nasceu

 

  • afirma que o Anjo do Senhor revelou a José que “o concebido n’Ela (Maria) é do ”.Mt 1, 20Espírito Santo

 

  • Na Anunciação (), a pergunta de Maria “Como se fará isso, pois eu não conheço homem?” é interpretada pelos autores católicos como a vontade de Maria de virgem já do anúncio do anjo.Lc 1, 26-38permanecer antes

 

  • São nunca menciona José, o esposo de Maria, mas chama a Jesus “Marcoso filho de Maria

 

  • No prólogo do evangelho de São , algumas vozes autorizadas, como Santo Ireneu e Tertuliano, apresentam em particular, quer dizer, “Ele que nasceu do sangue nem da vontade da carne, nem do querer do homem, mas ”, o que seria testemunho da geração de Jesus.JoãoJo 1, 13nãode Deusvirginal

 

  • As fórmulas de fé dos postulam a afirmação do nascimento virginal de Jesus; e, a partir do século IV, utilizam o título de “” ao falar de Maria.Padressempre Virgem

 

  • A virgindade de Maria está presente numa larga série de testemunhos do da Igreja, desde o Símbolo apostólico até à Lumen gentium do Vaticano II, e João Paulo II.Magistério

 

  • : “Se alguém, segundo os Santos Padres, não confessa que própria e verdadeiramente é Mãe de Deus a santa e sempre e imaculada Maria, já que concebeu nos últimos tempos , do Espírito Santo, o próprio Deus-Verbo (...) e que deu à luz , permanecendo a sua virgindade indissolúvel do parto, seja condenado”. Ver também.Concílio de Latrão (649), c. 3virgemsem sémensem corrupçãomesmo depois

 

 Paulo IV,Const.Cum quorundam (1555).

 

  • “O olhar da fé, unido ao conjunto da Revelação, pode descobrir as pelas quais Deus, no seu desígnio salvífico, quis que seu Filho nascesse de uma virgem. Estas razões referem-se tanto à pessoa e à missão redentora de como à aceitação por desta missão para com os homens” ().razões misteriosas CristoMariaCIC 502

 

  • : “A virgindade de Maria manifesta a iniciativa absoluta de na Encarnação”. : “Jesus foi concebido por obra do Espírito Santo no seio da Virgem Maria porque Ele é o que inaugura a ”. : “Jesus, o novo Adão, inaugura pela sua concepção virginal o novo nascimento dos no Espírito Santo pela fé”.CIC 503Deus CIC 504Novo Adãonova criaçãoCIC 505filhos de adopção

 

  • “Maria é virgem porque a sua virgindade é o sinal da sua não adulterada por dúvida alguma e da Sua à vontade de Deus. A sua fé que a faz chegar a ser a mãe do Salvador: ‘Mais bem-aventurada é Maria ao receber a Cristo pela do que ao conceber no seu seio a de Cristo’ ()”(entrega totalcarneSanto Agostinho,De sancta virginitate 3,3CIC 506

 

  • : “Maria é ao mesmo tempo virgem e mãe porque ela é a figura e a realização da ”. A igreja é pois que gera para uma vida nova e imortal os filhos concebidos pelo Espírito Santo e nascidos de Deus. Também é a que guarda íntegra e pura a fidelidade prometida ao Esposo.CIC 507mais perfeitaIgrejamãevirgem

 

Capítulo VI

 

A IMACULADA CONCEIÇÃO DE MARIA

 

 

1.   Desarrollo teológico de la doctrina

n Por la doctrina de la Inmaculada Concepción de María se afirma su total preservación de toda mancha de pecado desde el primer instante de su concepción. Esta toma de conciencia sobre la persona de María comienza por la expresión de la fe que se manifiesta en la celebración litúrgica y en la piedad popular, prosigue en la profundización teológica, y culmina en la definición dogmática realizada por Pío IX.

n Aunque en los primeros escritores cristianos no hay textos explícitos en torno a la Inmaculada Concepción, sí queda apuntada claramente la singular relación existente entre Santa María y la obra de la Redención. Se refleja esto en el paralelismo Eva–María que constituye como el esquema mariológico base de esta época.

n Aparecen muy relacionados en la predicación de la fe y en los escritos la cooperación a la obra de la redención y santidad de María. Frente a la desobediencia de Eva está la obediencia de María; frente a la infidelidad de Eva está la fidelidad de María; es decir, frente al pecado de Eva está la santidad de María.

u  El Protoevangelio de Santiago fue un factor importante en la determinación de la fiesta de la concepción milagrosa de María.

n San Agustín. La doctrina agustiniana de la universalidad del pecado original tendrá gran importancia  en sí misma y en su influencia histórica. Se toma como argumento contrario a la Inmaculada Concepción el pensamiento de que para ser redimido es necesario haber participado del pecado de Adán (participación de facto en el pecado de origen). La doctrina agustiniana sobre la gracia, el pecado original y su transmisión precisamente por el acto generativo llevan a la conclusión de que San Agustín no afirma la Concepción Inmaculada.

n La controversia teológica sobre la concepción inmaculada de María, en su etapa más fuerte, no tendrá lugar sino hasta el siglo XII. Las causas de estas controversias se pueden resumir en dos:

u  la doctrina agustiniana sobre la transmisión del pecado original: la concupiscencia del acto generador mancha la carne engendrada. Esta mancha contamina al alma cuando se une a ella al cabo de un cierto tiempo;

u  la universalidad de la Redención es incompatible con la inmaculada concepción de María; pues si la Virgen fuese inmaculada, estaría exenta de la Redención al no tener ni pecado original, ni personal.

a) Tendencia negativa

n San Anselmo niega la Inmaculada Concepción, pero su explicación del pecado original reduce considerablemente el papel atribuido a la concupiscencia de los padres en el acto generador, facilitando así la aceptación de una concepción no virginal y al mismo tiempo exenta de pecado.

n Pedro Lombardo hace un planteamiento tan material sobre la transmisión del pecado original que no deja lugar para poder admitir la concepción inmaculada de María. Para ello Lombardo mantiene que la concepción tendría que ser virginal, o que hubiera una purificación previa del cuerpo de María antes de la animación (!!!). San Bernardo y San Alberto Magno, por su parte, serán de la misma opinión, afirmando que la Virgen fue purificada muy pronto después de su generación.

n Santo Tomás, San Buenaventura y Alejandro de Hales niegan la inmaculada concepción al no considerarla compatible con ña universalidad de la Redención.

b) Tendencia positiva

n Las bases planteadas por San Anselmo sirvieron para superar las explicaciones excesivamente materialistas de la transmisión del pecado original, y sus discípulos sí pudieron afirmar esta verdad.

n Eadmero († 1124) defiende la concepción sin mancha de pecado. Hace la distinción entre la concepción activa y la concepción pasiva y dice que, si en la concepción de María hubo algún influjo del pecado original, fue en los padres (concepción activa), no en María (concepción pasiva), que fue preservada del pecado cometido por otros. Se trata aquí de demostrar el momento en que se interrumpe la cadena de pecado de la humanidad. Mantiene también que Dios pudo hacer nacer algo realmente nuevo en las espinas de la carne. “Si ha podido y ha querido, lo ha hecho”. Duns Escoto le sacará punta este argumento último argumento y a partir de él será universalmente utilizado en la defensa de la Inmaculada. Se resuelva aquí la primera objeción contra la concepción inmaculada.

n La segunda objeción contra la Inmaculada Concepción fue resuelta por la escuela franciscana, al formular la redención preservativa. Guillermo de Ware († 1300), maestro de Duns Escoto, niega que María haya contraído pecado original, ya que fue preservada. Y esta preservación se debe a los méritos de la pasión de Cristo.

n Duns Escoto tiene los siguientes méritos en su defensa de la Inmaculada Concepción: 1.º) Desarrolla la idea de redención preservativa, como la redención más perfecta;  2.º) propone una fórmula clara, según la cual, aunque María no tuvo pecado original, tuvo su ‘débito’: habría sido enemiga si no hubiese sido preservada.

u  Precisamente en el desarrollo de la redención preventiva pone de relieve que la Inmaculada Concepción no quita nada a la unicidad y universalidad de la mediación de Cristo, sino que la destaca aún más pues brota de ella. La Virgen no ha sido santificada desde el primer instante de su concepción en atención al Redentor, sino por los méritos del Redentor. Ella no es una excepción a la redención, sino que es la más perfectamente redimida.

n La sesión 36 del concilio de Basilea llegó a promulgar una declaración en favor de la concepción inmaculada de María: «… es una doctrina piadosa, conforme al culto de la Iglesia, a la fe católica, a la recta razón y a la Sagrada Escritura». Pero fue una decisión carente de autoridad puesto que para ese momento el Concilio se había tornado cismático en rebelión contra el Papa. Aún así, el texto no carece de valor, pues en él se muestra el sentir común de la época en torno a este tema. Además, tuvo su influencia en las universidades católicas en la eventual implantación del voto y juramento de la defensa de este privilegio mariano.

2. Magisterio previo a la definición dogmática

n Sixto VI († 1484) prohibió a los maculistas e inmaculistas acusarse recíprocamente de herejes. Reconoció además la fiesta de la Inmaculada Concepción y la celebró públicamente, enriqueciéndola con una octava.

n Trento no aprobó, en su decreto sobre el pecado original, la doctrina inmaculista; pero abrió la posibilidad de una posterior definición.

n Alejandro VII (a. 1661) en la bula Sollicitudo omnium ecclesiarum determina el contenido teológico de la fiesta de la Inmaculada, afirmando que la Virgen en su alma fue preservada inmune de la mancha del pecado original. La posterior bula de Pío IX utilizará casi las mismas palabras de la bula alejandrina, pero con un matiz distinto, como se ve a continuación.

 

3. La Bula Ineffabilis Deus

n Promulgada por Pío IX el día 8 de diciembre de 1854. La fórmula definitoria dice así:

Declaramos, proclamamos y definimos que la doctrina que sostiene que la bienaventurada Virgen María fue preservada inmune de toda mancha de la culpa original en el primer instante de su concepción por singular gracia y privilegio de Dios omnipotente, en atención a los méritos de Cristo Jesús salvador del género humano, está revelada por Dios y debe ser, por tanto, firme y constantemente creída por todos los fieles.

n Esta definición dogmática contiene varias afirmaciones:

La persona de María —no sólo el alma— fue inmune de toda mancha de pecado original, es decir, no contrajo el pecado original, y, por tanto, ni su mancha, ni el reato de culpa y de pena.

u  El dogma se refiere a la concepción pasiva de María, es decir, en el seno de su madre y alude al mismo momento de la concepción, o sea, cuando se produce la infusión del alma.

u  El hecho de ser preservada de pecado original fue un don absolutamente singular, que por omnipotencia divina la sustrajo a la ley general de todos los hombres.

u  La causa meritoria de la Inmaculada Concepción es el mérito de Cristo.

 

4. Fundamentación Escriturística

n Gen 3,15. En esta perícopa existe un perfecto paralelismo entre la enemistad de la mujer con el diablo y la enemistad del descendiente de la mujer —el Mesías— con la serpiente. Esta enemistad es total, absoluta y radical y conlleva la exclusión de toda amistad con el demonio. María nunca ha estado sujeta a la ley del pecado: ha sido concebida sin pecado original.

n Lc 1,28. Ave gratia plena. Para que María sea la kekharitomene, es necesario que haya tenido la plenitud de gracia desde el momento primero de su concepción.

n Lc 1,42. Bendita tú entre las mujeres y bendito el fruto de tu vientre. Lo característico aquí es la relación que se da entre la bendición de María y la bendición de su Hijo: la exaltación de la Virgen procede de la excelencia de Jesús. Como en la bendición del Hijo no cabe de ninguna manera la maldición hereditaria, que es el pecado original, lo mismo sucede en María.

5. Desenvolvimento teológico

a) María, libre del «fomes peccati»

n Por fomes peccati se entiende la inclinación a pecar, que proviene del apetito sensitivo. Es, por tanto, la concupis­cencia desordenada que nace del pecado y a él se orienta.

n Se puede concluir de las palabras de Pío IX en la Ineffabilis Deus que la Virgen se vio libre del “fomes peccati”. Es afirmación común entre los teólogos que María se vio libre de esa inclinación al pecado que se adelanta incluso a la reflexión consciente del hombre. Esto no quiere decir que las otras consecuencias del pecado fueran también excluidas: dolor, angustia, muerte, etc.; aunque se entiende que se excluyan las que de alguna forma dicen relación al orden moral.

 

b) María, libre de todo pecado personal

n Los elegidos por Dios para una misión determinada son preparados y dispuestos de tal modo que sean idóneos para aquello a que son elegidos. María fue divinamente elegida para ser madre de Dios y por eso no se puede dudar que Dios la haya hecho apta, por su gracia, para esa misión.

n la Virgen María fue inmune toda su vida de cualquier pecado venial, por especial privilegio de Dios. No cometió pecado alguno, ni mortal, ni venial. Esta ha sido una afirme en el Magisterio a partir de San Pío V.

 

c) La santidad de María

n La gracia inicial otorgada a María fue como una digna preparación par la maternidad divina. Aun la gracia consumada de los santos no es todavía digna preparación para la maternidad divina; por tanto la primera gracia de María supera ya a la gracia de cualquier ángel o santo.

n Tal plenitud no excluye que en María no hubiera aumento de gracia, pues Ella también fue viadora y no podía estar en peor condición que cualquier justo, para quien cabe la posibilidad de un continuo aumento de gracia. Se puede afirmar así que la plenitud de gracia inicial de María no fue infinita y que en consecuencia podía crecer.

 

d) Las virtudes de María

n María tuvo, desde el primer momento de su concepción pasiva, con la plenitud de la gracia inicial, las virtudes infusas y los dones del Espíritu Santo.

n Con respecto a las demás gracias, denominadas técnicamente carismas (gracias datis data, que no pertenecen al desarrollo normal de la vida sobrenatural y que más bien son para provecho de los demás que para el propio provecho), se concluye que tuvo todo cuanto convenía a su condición.

 

Resumo

Imaculada Conceição

 

  • Entre os privilégios que Deus outorgou à Virgem Maria, em atenção à sua excelsa dignidade de de Deus e em virtude dos de seu Filho, destaca-se o da sua , reconhecido pela Igreja desde os seus começos e definido como dogma de fé a 8 de Dezembro de 1854 pelo Papa na Bula .Mãeméritos Imaculada ConceiçãoPio IXIneffabilis Deus

 

  • “Declaramos, pronunciamos e definimos que a doutrina que sustenta que a Santíssima Virgem Maria, no instante da sua Concepção foi, por graça singular e privilégio do Deus omnipotente, em previsão dos méritos de Jesus Cristo, Salvador do género humano, preservada de toda a mancha de culpa , foi revelada por Deus e, portanto, deve ser firme e constantemente acreditada por os fiéis”.primeiroimune originaltodos

 

  • “Imune de toda a mancha de culpa original”: a Igreja confessa que Maria em momento e de nenhum modo foi atingida pelo pecado original que se transmite à humanidade desde os nossos primeiros pais.nenhumpor geração
  • Pio XII acrescenta que quando se fala de Maria, nem sequer se “deve pôr a questão” de se teve ou não algum pecado, por diminuto que se possa pensar, “posto que transporta consigo a dignidade e santidade maiores depois das de Cristo. (...) É tão pura e tão santa que não pode conceber-se maior pureza depois da de Deus” (Fulgens corona,08.09.1953).

 

  • Sentença certa: livre da desde a sua concepção.concupiscência

 

  • A imunidade concedida a Maria é uma graça de Deus todo-poderoso que constitui um “”. Deus interpõe-se entre Maria e o pecado para que este nem sequer lhe toque por um instante. É um privilégio extraordinário concedido à que havia de ser .privilégio singularMãe de Deus

 

  • Esta verdade foi obtida como uma deduzida a partir da Revelação, ou pela sua com alguma outra verdade revelada, mas trata-se de uma verdade por Deus. Através da história tem havido progresso no conhecimento e explicação, mas a verdade era conhecida desde os da Igreja como divinamente revelada.não conclusãoassociaçãoformalmente reveladacomeços

 

  • (): “A expressão ‘cheia de graça’ traduz a palavra grega ‘’, a qual é um particípio passivo. Assim pois, para expressar com mais exactidão o matiz do termo grego, não se deveria dizer simplesmente ‘cheia de graça’, mas sim ‘feita cheia de graça’ ou ‘’, o qual indicaria claramente que se trata de um dom dado por Deus à Virgem. O termo (...) expressa a imagem de uma graça que implica ” ().AnunciaçãoLc 1, 28kexaritomenecumulada de graçaperfeita e duradouraplenitudeJoão Paulo II, Audiência geral, 08.05.1996

 

  • Os dizem que as palavras de Isabel a Maria, na (“bendita és tu entre as mulheres e bendito o fruto do teu ventre”), dão a entender que Maria foi a sede de as graças divinas e que foi adornada com os carismas do Espírito Santo, até ao ponto de ter estado sob o poder do mal.PadresVisitaçãotodastodosnunca

 

  • : “Porei entre ti e a mulher, e entre a tua descendência e a dela. Ela te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar”. (). No texto hebraico, quem pisa a cabeça da serpente é a da mulher.ProtoevangelhoinimizadeGn 3, 15descêndencia

 

  • : “Ora, se, por algum tempo, a bem-aventurada virgem Maria fosse privada da graça divina, como inquinada, na sua concepção, pela mancha hereditária do pecado, ao menos naquele momento, embora , não haveria entre ela e a serpente aquela de que se fala, desde a mais antiga tradição até à solene definição da Imaculada Conceição, mas, ao contrário, haveria sujeição.”Pio XII, Fulgens coronabrevíssimoperpétua inimizadecerta

 

  • A doutrina da Imaculada encontrou certa resistência no . Houve santos, como Agostinho, Bernardo, Alberto Magno, Boaventura e Tomás de Aquino, que aquando afirmavam a exímia santidade de Maria, resistiam a proclamar o privilégio da Imaculada. Não percebiam como conciliá-lo com a da Redenção operada por Cristo.Ocidenteuniversalidade

 

  • : Maria não é uma criatura isenta de redenção. É a primeira por Cristo e foi-o de um modo eminente em atenção aos méritos de Jesus Cristo Salvador do género humano. Duns Escoto distingue a “redenção liberativa” de todos nós, da “redenção ” de Maria.Soluçãoredimidapreventiva

 

Indicações do Magistério sobre a Imaculada

 

  • , nos anos 1476 e 1483, aprovou a Festa e o Ofício da Imaculada Conceição, proibindo classificar como herética a sentença favorável à Imacuculada. , em 1489, aprova a invocação da Imaculada Conceição. , em 1546, declara que “não é intenção sua incluir neste decreto, em que se trata do pecado original, à bem-aventurada e imaculada Virgem Maria, Mãe de Deus”. inclui no Breviário o oficio da Imaculada. , em 1616, proíbe ensinar publicamente a sentença anti imaculista. , em 1612, proíbe-o privadamente. , em 1661, publica uma constituição sobre a Imaculada. , em 1708 estendeu a festa da Imaculada, como festa de preceito a toda a Igreja Universal.Mt 1, 18-25Sixto IVInocêncio VIIITrentoSão Pio V Paulo VGregório XVAlexandre VIIClemente XI

 

Privilégios incluídos na plenitude da graça, 1

 

  • Os descartam não só qualquer espécie de pecado na Mãe de Deus, também a julgam alheia a toda a voluntária, até ao ponto de negar n’Ela qualquer acto imperfeito ou remisso de . Entendem que, de nenhum modo, esteve inclinada para o mal.Padresimperfeiçãocaridade

 

  • A possibilidade de fazer o mal é um sinal, mas também uma da liberdade. O verdadeiro exercício da liberdade consiste em eleger o porque nos dá na gana. A sana a vontade livre. Onde há plenitude de graça, há plenitude de vontade sã e, portanto, . Por isso a Santíssima Virgem foi em todos os momentos.imperfeiçãobemgraçaplenitude de liberdadelibérrima

 

 

Privilégios incluídos na plenitude da graça, 2

 

  • A Virgem Maria esteve sujeita à . Santíssima sem sombra de pecado, mas passível e mortal, partícipe da de seu Filho, padeceu ao corredimir com Cristo. Uma espada atravessou a sua alma (anúncio de ). O privilégio da Imaculada, longe de subtrair a dor de Maria, n’ Ela a sua capacidade de sofrimento.dorkénosisSimeãoaumentou

 

  • “Desde a sua a Virgem é superior em graça a as criaturas, incluídos os anjos. Mas não era uma graça infinita: ao longo da sua vida, especialmente na Encarnação, ao pé da Cruz e no Pentecostes. Além disso, o entre o Filho e a Mãe seria causa ininterrupta de aumento de para Ela.concepçãotodascresceuamor recíprocoGraça

 

 

Capítulo VII

 

A ASSUNÇÃO E A REALEZA DE MARIA

 

Introdução

 

Maria é a primeira criatura redimida por Cristo e foi redimida de forma eminente, com uma perfeição que abarca todos os mistérios de sua existência, desde a concepção e nascimento à sua glorificação, isto é, ao mistério de sua gloriosa assunção aos céus e ter sido constituída rainha dos céus e da terra.

Sua glorificação, do mesmo modo que toda a sua vida, só pode encontrar um marco adequado em sua referência materna a Cristo e ao lugar que, como mãe, ocupa na história da salvação dos homens.

Maria foi associada pelo Pai de modo extraordinário aos mistérios gloriosos de Cristo ressuscitado e à obra redentora de Cristo: sua glorificação é não só a coroação desta associação à glorificação, mas também a condición necessária para o exercício pleno de sua missão materna com relação aos homens.

A Assunção e a Realeza são as duas facetas nas quais se estuda a realidade da glorificação de Maria, e estas por sua vez se encuentram intimamente unidas.

O mistério da Assunção de Maria está indiscutivelmente relacionado com o mistério da Ascensão do Senhor. A bula Munificentissimus Deus e a encíclica Ad caeli Reginam colocam isso em destaque. Trata-se de uma relação de causa e efeito: na Assunção da Virgem Maria resplandece o triunfo de Cristo manifestado em sua Ascensão aos céus. No entanto, é preciso dizer que aqui se trata só de uma semelhança, de uma relação analógica. Se Cristo, depois de sua Ressurreição subiu ao céu, pelo princípio de analogia, Maria foi assunta para reinar com seu Filho no céu.

Pode-se encontrar também outra semelhança: na vida de Maria, tão intimamente associada a Cristo, se reproduz também o mistério de kénosis e exaltação. A exaltação e realeza de Maria estão relacionadas com o aniquilamente de sua entrega e sacrifício: com a humildade da escrava.

Maria é rainha enquanto Mãe do Redentor e Mãe de todos os homens; e foi feita Rainha de céus e terra precisamente para que possa exercer com plenitude sua influência materna sobre todos.

 

1.  A Assunção de Maria

 

a) O testemunho da Tradição

 

A Assunção de Maria, do mesmo modo que a Imaculada Conceição, não se encontra de forma explícita em nenhum texto da Sagrada Escritura. Esta verdade dogmática se encontra testemunhada principalmente na Tradição.

 

Padres de la Iglesia

 

Nos três primeiros séculos não se encontra entre os Padres nenhuma referência ao destino final de Maria. No século IV, um texto de Santo Efrém, que sustenta que o corpo de Maria não foi submetido à corrupção, pode interpretar-se em clave assuncionista. Existe também insinuações da Assunção em textos de Santo  Ambrósio e em  São Gregório de Nisa.

Santo Epifânio é o primeiro Padre que fala de forma explícita da Assunção de Maria. Ao longo dos séculos seguintes os Padres, por causa da festa da Assunção (século VI), vão mostrando o alcance e os fundamentos desta prerrogativa mariana.

Três homilias marianas de Santo André de Creta, das oito que se conservam, falam a favor da Assunção, fundamentando este privilégio na maternidade divina, na perpétua virgindade e na plena santidade de Maria. Do mesmo modo, São João Damasceno deixou três sermões sobre a Dormição.

 

Liturgia

 

Um dos testemunhos e argumentos mais claros e válidos a favor da fé católica na Assunção de Maria é a solene e antiquíssima festa que començou a celebrar-se no Oriente em meados do século VI, sob o nome de koimesis, ou Dormição.

No século VII fica estabelecida em Roma a festa da Assunção de Nossa Senhora com seu preciso significado teológico e com a máxima solenidade. Nos séculos VII e VIII estendeu-se por todo o Ocidente, tornando-se assim universal na Igreja.

 

Doutores e teólogos posteriores

 

No século IX surgem algumas dúvidas sobre a Assunção de Maria por influência de uma obra do Pseudo–Jerônimo como reação diante dos relatos dos Apócrifos. Esta corrente antiassuncionista foi combatida pela obra do Pseudo–Agostinho do século XI, que, afirmando a prerrogativa mariana, a relaciona diretamente com a maternidade virginal de Maria.

Os teólogos escolásticos contribuiram decisivamente para a progressiva penetração deste mistério da Assunção. Todos eles vão expondo com clareza o significado deste privilégio, sua íntima conexão com as outras verdades reveladas, a harmonia entre a fé e a razão teológica.

 

b) Magisterio

 

Breve historia del dogma

 

A partir da definição dogmática da Imaculada Conceição aparece um crescente movimento assuncionista. Pio XII, ao consultar a todos os bispos acerca deste privilégio mariano obteve um consentimento quase unânime dos pastores e do povo fiel, fator que constitui por si só, norma próxima de fé sobre uma verdade que só pode ser conhecida por revelação divina.

Daí que o fundamento principal e a razão última da definição dogmática deste mistério foi a fé católica da Igreja: que toda a Iglesia cria na Assunção da Virgem Maria como verdade revelada por Deus.

 

Constitución Munificentissimus Deus

 

Promulgada por Pio XII a 1º de novembro de 1950. O texto da definição diz assim:

 

Proclamamos, declaramos e definimos ser dogma divinamente revelado que a Imaculada Mãe de Deus, sempre Virgem Maria, completado o curso de sua vida terrena, foi assunta em corpo e alma à glória celestial.

Pode-se ver, pois, que se tratava de uma doutrina considerada como revelada. Isto contrasta com a definição da Imaculada Conceição.

Podem-se destacar os termos principais desta fórmula definitória:

Maria: é a pessoa da Virgem que foi assunta em toda a plenitude de seu ser.

Completado o curso de sua vida terrena: estas palavras foram intencionalmente escolhidas para prescindir, na definição, de se Maria morreu ou não.

Foi assunta: assunção (de assumptio), designa aqui a ação de transladar, elevar, ou subir Maria. Esta assunção não se realiza por virtude própria (como aconteceu na Ascensão do Senhor), mas por virtude e obra de outro; é Deus que eleva Maria.

Em corpo e alma: são os dois elementos que constituem a unidade do ser humano. Maria foi assunta e glorificada em toda a plena realidade existencial de seu ser. O dogma definido se centra, especialmente, na glorificação corporal da Virgem Maria.

 

Portanto, a Assunção de Maria em corpo e alma aos céus, exclui a corrupção mortal do sepulcro. A Assunção da Santíssima Virgem Maria constitui uma participação singular da Ressurreição de seu Filho e uma participação da ressurreição dos demais cristãos.

 

Fundamentos bíblicos da Bula definitória

 

A Constituição Apostólica Munificentissimus Deus ensina que todas as razões e considerações dos Santos Padres e dos teólogos, sobre a Assunção, se apóiam como último fundamento na Sagrada Escritura.

A Constituição definitória recorda alguns textos da Escritura que os teólogos interpretaram como apoios ou indícios da Assunção de Maria:

Gen 3,15. Dios anuncia y promete después del pecado de Adán y Eva que la mujer (María) estará estrechamente unida a su descendencia (Cristo) en la lucha victoriosa contra el demonio. Parte esencial e histórica de esa victoria fue la Resurrección de Cristo; de ahí que se pueda concluir también la glorificación del cuerpo de María, asociada plenamente, como la Nueva Eva, a la victoria del Kyrios.

Lc 1,28. El arcángel Gabriel llama a María “llena de gracia”. A esta plenitud de gracia debe corresponder la plenitud de gloria, también corporal. Además la “bendita entre todas las mujeres” (Lc 1.42) debía quedar exenta de toda maldición del pecado.

Ap 12,1. Nos presenta una gran señal que aparece en el cielo: la mujer vestida de sol y la luna bajo sus pies, y sobre su cabeza una corona de doce estrellas. Muchos teólogos y exégetas ven en este texto un sentido mariológico asuncionista cierto.

Estos textos de la Escritura no se pueden interpretar aislados, sino en armonía unitaria de toda la Revelación, a la luz de la Tradición y en la analogía de la fe. El CVII recuerda la doctrina ya expuesta por Trento: “la Iglesia no obtiene exclusivamente de la Escritura su certeza sobre las verdades reveladas”, sino que acude también a la fuente viva de la Tradición, custodiada e interpretada auténticamente por el Magisterio.

 

c) Significado do dogma

 

María, unida a Cristo glorioso

 

El privilegio de la Asunción es el coronamiento de todos los dones que María recibió de Dios. Es el cumplimiento final de su predestinación en Cristo y con Cristo. Es la consecuencia de la íntima y activa asociación de la Virgen con su Hijo Redentor.

Si María estuvo asociada a su Hijo en cuanto “Siervo doliente” en su estado de kénosis, también tenía que estar unida a El en su estado de Kyrios, en su triunfo como Señor Resucitado. Y así como la Redención de Cristo fue para Ella del todo singular y eminente —preventiva—, también los méritos , gracias y efectos de esa Redención debían ser para María del todo singulares y plenos en la victoria sobre la muerte.

La Asunción de María a los cielos es, en definitiva, la realización suprema de la gracia redentora del Kyrios, incluso en su aspecto temporal anticipado. Siendo Ella la primera y más excelsamente redimida, participó así, del modo más pleno y singular, del triunfo de su Hijo.

 

María, primicia y modelo ejemplar de la Iglesia

 

La Virgen Asunta es también, en este misterio, primicia y modelo ejemplar de la Iglesia escatológica. Ella, glorificada ya en los cielos en cuerpo y alma, es imagen y principio de la Iglesia que habrá de tener su cumplimiento en la vida futura.

 

c) Reflexão teológica sobre a Assunção

 

Las principales consideraciones teológicas que muestran la conveniencia de la Asunción, por la estrecha conexión con las gracias y privilegios que Dios otorgó a María, son las siguientes:

La Inmaculada Concepción. La Santísima Virgen fue concebida sin pecado original, y libre de toda culpa. Ese triunfo pleno sobre el pecado debía extenderse también a las consecuencias y castigos de éste. María no debía estar sujeta a la corrupción del sepulcro, ni esperar allí la redención de su cuerpo hasta el fin del mundo. La redención anticipada de la culpa original en el alma exigía la anticipada redención del cuerpo respecto a la pena de la muerte.

La Maternidad Divina. Siendo la carne de Cristo carne de María, era sumamente conveniente que el cuerpo de la Madre fuese glorificado como lo fue el de su Hijo. Repugna pensar que el cuerpo santo de la Madre de Dios sufriera el oprobio de la corrupción mortal, que el Señor no padeció.

La perpetua virginidad. La que concibió virginalmente y dio a luz sin corrupción corporal, la que es plena y perfecta virgen inviolada, debía ser también exenta de la corrupción del sepulcro y asunta —con su cuerpo intacto— a la vida incorruptible del Cielo.

 

2. Incidência de algumas escatologias atuais no dogma da Assunção

 

Recordemos que el sentido y significado de este dogma se encuentra en la realización anticipada, par ala Virgen, de aquella glorificación escatológica que, también en cuanto al cuerpo, obtendrán todos los justos en la Resurrección final. En esta anticipación radica el privilegio propio y específico de la Virgen Asunta.

El sentido dogmático del misterio de la Asunción se halla en estrecha conexión con otras verdades reveladas, especialmente con la Resurrección universal al fin de los siglos y con la existencia de las almas inmortales de los difuntos, separadas de sus cuerpos hasta la resurrección escatológica (doctrina definida por el papa Benedicto XII, Const. Benedictus Deus).

La influencia de la escatología moderna protestante ha llevado a algunos teólogos católicos a sostener que la resurrección tiene lugar, para cada uno, en el momento de la muerte (se reduce la resurrección a mera pervivencia de “yo”, lo cual equivale a la vieja idea griega de inmortalidad del alma). Esta teoría mantiene que el hombre entra en la eternidad ya como persona y no sólo como alma separada. La resurrección final del cuerpo sería un mero añadido.

A esto hay que decir que si la resurrección es un proceso que tiene lugar para todos los hombres en el momento de la muerte, el dogma de la Asunción no representa nada especial en María, ningún don privilegiado concedido a ella. La definición de su glorificación (también corporal) sería una mera definición de su glorificación, pues el aspecto de corporalidad en el estadio inmediatamente posterior a la muerte sería suerte común para todos. [C. Pozo, o.c., p. 13 ss.]

De este modo, se reduce la Asunción a la glorificación normal de cualquier santo, y, consecuentemente, su definición dogmática a una mera canonización, es decir, declaración infalible de que María ha sido glorificada por Dios como cualquier otro santo que resucitaría gloriosamente (según esa nuevas ideas escatológicas) en el momento de morir. [C. Pozo, o.c., p. 323.]

Conviene tener muy presente la siguiente distinción: En el dogma de la Inmaculada se trata de una exclusividad fundamental de la condición de María comparada con la condición delos demás hombres. En el caso de la Asunción existe una diferencia en la realización anticipada del destino final y de la resurrección gloriosa a la que todos los justos están destinados. [C. Pozo, o.c., p. 323-324.]

3. A morte da Santíssima Virgem Maria

 

La mayoría de los estudiosos sostienen que María murió. Basan esta tesis en argumentos de tradición, en los textos litúrgicos de la fiesta y sobre todo presentan la muerte de María como garantía de la realidad de la Encarnación de Cristo: la Virgen al morir atestigua que es una persona humana, y como tal tiene el débito de la muerte.

 

a) Opinión inmortalista

 

La cuestión teológica de si María murió o no, se suscitó a partir de la definición dogmática de la Inmaculada. Las razones que apoyan la postura que niega que la Virgen padeciera la muerte son:

u  El silencio en los primeros siglos sobre la muerte de María.

u  Las dudas de algunos padres (San Epifanio, San Isidoro de Sevilla, etc.).

u  El apoyo teológico dado por el dogma de la Inmaculada Concepción, pues si María no tuvo pecado original y siendo la muerte el castigo del pecado, Ella —concluyen— no tuvo que morir.

u  La perfecta virginidad de María reclama la incorrupción esencial de la muerte (separación alma–cuerpo).

u  Su victoria plena de María sobre el pecado exigiría la inmortalidad.

 

b) Opinión mortalista

 

Esta postura se fundamenta en las siguientes razones:

Argumento histórico: Por más de mil años ha prevalecido en la Iglesia la creencia pacífica y casi unánime en la muerte de María; unanimidad moral que inclina a pensar que se remonta a una primitiva tradición oral apostólica.

Argumento litúrgico: la antiquísima fiesta de la Asunción (dormición, tránsito) se entendió y se celebró con el sentido de muerte–resurrección.

Argumento teológico: por su maternidad divina María estuvo asociada en todo a Cristo Redentor  y compartió con El los misterios de su vida, muerte y glorificación. Siendo Ella la primera y más excelentemente redimida, más que nadie hubo de estar configurada con Cristo. Y habiéndonos redimido el Señor por su muerte y resurrección, esa tenía que ser también la suerte de la Virgen. Si Cristo llegó a la glorificación a través de la muerte, así también tenía que llegar María: asimilada en todo a su Hijo.

 

En oposición a uno de los argumentos inmortalistas hay que decir que el dogma de la Inmaculada Concepción no exige de hecho la inmortalidad de la Virgen. La inmortalidad era un don preternatural que se perdió para la humanidad en el pecado de nuestros primeros padres —para ellos y su descendencia—; María tenía la naturaleza recibida de Adán y por ello su muerte fue la simple consecuencia de la condición propia de esa naturaleza: mortal y pasible.

 

Resumo

            Assunção

 

  • : “Pronunciamos, declaramos e definimos ser dogma divinamente revelado: que a Imaculada Mãe de Deus, sempre Virgem Maria, , foi assunta para a glória celeste”.Pio XII, Munificentissimus Deus, 01.11.1950cumprido o curso da sua vida terrenaem corpo e alma

 

  • A assunção produz-se . O dogma significa que para a Virgem Maria até ao fim dos tempos a glorificação do seu corpo, como sucederá com os outros fiéis, e que o seu corpo não sofreu a cadavérica.por virtude de Deusnão se adiadecomposição

 

  • Pio XII quis prescindir, na definição dogmática, da questão sobre a de Maria na fórmula definitoria: quis defini-la.mortebao

 

  • Muitos apresentam a morte de Maria como um que a levou até ao seu divino Filho para compartilhar com Ele a vida imortal.Padresacto de amor

 

  • : “Eu porei a inimizade entre ti e a mulher...”. Cristo, , obtem o triunfo definitivo sobre a antiga serpente, associado intimamente à , Maria. O triunfo é triplo: sobre o pecado, sobre a concupiscência e . A primeira foi libertada da morte à semelhança de Cristo.Gn 3, 15Novo AdãoNova Evasobre a morteredimida

 

  • : “Cheia de graça”. A graça redunda em a pessoa, unidade de alma e corpo. À deve corresponder a , na pessoa inteira.Lc 1, 28todaplenitude da graçaplenitude de glória

 

  • : A Mulher vestida de sol. “Uma mulher vestida de , ou seja, na luz de Deus, que a habita porque Ela habita n' Ele. (...) Os e a fundiram-se. Debaixo dos pés, a , como sinal de que o foi superado, e que a transitoriedade das coisas foi convertida em existência . E a que a coroa significa ” ().Ap 12, 1SolimersaCéusTerraLuaefémero e mortalperdurávelconstelaçãosalvaçãoBento XVI, Angelus, 16.08.2006

 

  • “ ressuscitou de entre os mortos com o seu corpo glorioso e subiu ao céu, assim a Virgem Santíssima, a Ele , foi elevada à glória celestial com toda a sua pessoa. Também nisso a Mãe seguiu o seu Filho e nos precedeu a todos nós” ().Como Cristotambém associada plenamentemais de pertoBento XVI, Angelus, 15.08.2005

 

  • A da Virgem na de Cristo não poderia considerar-se sem a glorificação corporal antecipada de Maria.participaçãovitóriaplena

 

  • “A divina, que fez do de Maria a morada imaculada do Senhor, o seu destino ” ().maternidadecorpofundagloriosoJoão Paulo II, Audiência geral, 09.07.1997

 

  • Se Adão e Eva introduziram no mundo a da (pecado) e a do , Cristo e Maria foram causa de para a alma () e para o corpo ().mortealma corpovida graçaressur- -reição

 

  • Harmonia da Assunção com o dogma da : se a ressurreição é o triunfo e o troféu da , a uma redenção preventiva e anticipada corresponderá uma ressurreição.Imaculadaredençãoanticipada

 

  • Harmonia com a : a verdade do parto virginal proclama o decreto divino de preservar em absoluto a da Mãe de Deus.Maternidade virginalintegridade corporal

 

Harmonia com o amor de Cristo por Sua Mãe

 

  • Como nos teríamos comportado, se tivéssemos podido escolher a nossa mãe? Julgo que teríamos escolhido a que temos, enchendo-a de todas as . Foi o que Cristo fez, pois sendo Omnipotente, Sapientíssimo e o próprio Amor, seu poder realizou o seu querer (...). Os teólogos formularam com frequência um argumento semelhante, tentando compreender de algum modo o significado desse cúmulode graças de que se encontra revestida Maria e que culmina com a aos céus. Dizem: ‘convinha, Deus podia fazê-lo, e por isso o fez’” ().graçastodo AssunçãoSão Josemaria, Cristo que passa, 171

 

  • A Assunção de Maria é o argumento ou prova de que todos os fiéis dos quais a Virgem Santíssima é , estarão um dia com os seus corpos junto a Cristo glorioso. O nosso futuro . É uma realidade existente.Mãeglorificadosnão é utópico em Cristo e Maria

 

  • Contemplando Maria , o cristão aprende a descobrir o do seu próprio e a custodiá-lo como , à espera da ressurreição e glorificação da vida eterna bem-aventurada.Assuntavalorcorpotemplo de Deus

Realeza de Maria

 

  • : “A Virgem Imaculada, preservada imune de toda mancha de culpaLumen gentium, 59

original, terminado o curso da vida terrena,foi assunta à glória em alma e corpo celestial e enaltecida pelo Senhor como Rainha do Universo, para que se assemelhasse mais plenamente a seu Filho, Senhor dos que dominam e vencedor do pecado e da morte”.

 

  • : Isabel, ao ouvir a saudação da Virgem, exclama: “Donde a mim esta dita, que venha ter comigo a mãe ?”. É como dizer “a Senhora”, “”.Lc 1, 43do meu Senhora Rainha

 

  • Os Padres viram na mulher “vestida de sol, com a lua debaixo dos seus pés, e uma coroa de doze estrelas sobre sua cabeça” ().MariaAp 12, 1

 

  • Cristo é não só porque é Filho de Deus, mas porque é Maria é não só porque é Mãe de Deus, mas porque, associada como nova Eva ao novo Adão, na obra da redenção do género humano.ReitambémRedentorRainhatambémcooperou

 

  • o poder da . Com o amor de Filha de Deus , com o amor de Mãe de Dios e com o amor de Esposa de Deus , reunidos .Maria reina comoraçãoPaiFilhoEspírito Santonum só coração

 

  • Maria é invocada na Igreja com os títulos de Advogada, Auxiliadora, Socorro, Mediadora. E chama-se a .Omnipotência Suplicante

 

  • Inúmeros , como, por exemplo, Santo Efrén, São Gregorio Nacianceno, Orígenes, São João Damasceno, São Jerónimo, Santo Andrés Cretense, Santo Epifânio, etc., proclamam Maria “”, “Dona”, “Senhora”.PadresRainha

 

  • : A Igreja latina entoa a “Salve Regina”, as antífonas “Ave Regina caelorum” e “Regina caeli laetare”. Destacam as lauretanas com muitas invocações a Maria como Rainha, e o quinto mistério glorioso do ..LiturgiaLadainhasRosárioIconografia

 

  • Muitos chamam a Maria . dedicou a encíclica (1954) a este mistério. insiste é ().PapasRainhaPio XIIAd Coeli ReginaminteiraJoão Paulo II em que MariaRainha universalRedemptoris Mater

 

  • Cristo é , não só porque é Filho de Deus, mas porque é . Maria é , não só porque é Mãe de Deus, mas porque, associada como nova Eva ao novo Adão, na obra da redenção do género humano.ReitambémRedentorRainhatambémcooperou

 

  • o poder da . Com o amor de Filha de Deus , com o amor de Mãe de Deus e com o amor de Esposa de Deus , reunidos .Maria reina comoraçãoPaiFilhoEspírito Santonum só coração

 

  • Maria é invocada na Igreja com os títulos de Advogada, Auxiliadora, Socorro, Mediadora. E chama-se a .Omnipotência Suplicante

 

Capítulo VIII

A  MATERNIDADE ESPIRITUAL DE MARIA

O CVII ensina que Maria é verdadeira Mãe dos homens na ordem da graça, porque copera para a vida e o crecimento espiritual dos fiéis. A Virgem Maria colabora com Cristo num plano subordinado e dependente d’Ele, porém de modo verdadeiro.

Não seria correto sustentar que Maria é nossa Mãe por adoção, como se nos tivesse adotado ao pé da Cruz, pois Maria não é mãe por um simples título legal, mas nos comunica uma verdadeira vida na ordem sobrenatural.

 

1. Bases bíblicas da maternidade espiritual

n As Bodas de Caná – Jo 2,1 ss. Todo este episódio se enquadra na perspectiva de Maria como Mãe—quatro vezes aparece a Virgem Maria nesta cena com o título de mãe de Jesus—. Como mãe age também diante do Filho e diante dos servidores.

n Diante da Cruz – Jo 19,25-27. As palavras ditas por Jesus outorgam a Maria uma missão que está em íntima conexão com a obra redentora, que o Senhor realiza naqueles momentos: Maria é Mãe dos seguidores de seu Filho.

 

2. A maternidade espiritual na história

Nos primeiros Padres da Igreja a maternidade espiritual de Maria vem expressa pela figura da Nova Eva. O paralelismo Eva–Maria irá se aprofundando na relação da maternidade espiritual da Nova Eva com o mistério da Cruz.

Santo Agostinho desenvolve a doutrina em que Maria é Mãe do “Cristo Total”, isto é, do Corpo Místico de Cristo que tem a Ele como cabeça e aos fiéis como membros. Doutrina que será assimilada pela patrística mais tardía.

Na Idade Média se generaliza a doutrina que põe como base e fundamento da maternidade espiritual de Maria o Testamento de Jesus no Calvário. Maria ao pé da Cruz, dá a luz com dor à humanidade  e se converte em Mãe de todos os homens.

 

Magistério

 

Leão XIII foi o primeiro Papa que utilizou a expressão “maternidade espiritual” num documento magisterial. Destaca o carácter real, não metafórico desta maternidade.

A doutrina da maternidade espiritual impregna toda a doutrina mariológica exposta no capítulo VIII da Lumen gentium. Pablo VI segue esta linha do CVII e abunda na prerrogativa da maternidade espiritual (Exortação apostólica Marialis cultus).

João Paulo II prossegue o desenvolvimento da doutrina conciliar e o Catecismo da Igreja Católica repete a mesma doutrina.

 

3. Fundamento teológico da maternidade espiritual

 

Há vários motivos pelos quais se deduz que a Maria compete ser Mãe espiritual de todos os homens:

  1. 1.       . No eterno desígnio divino da Encarnação do Verbo está incluido a escolha de Maria como Mãe de Deus. Maria ao conceber a seu Filho, ao mesmo tempo, concebe a todos que, ao longo do tempo, constituiremos o Corpo Místico. Maria gera e dá a luz fisicamente a Jesus, Cabeça do “Cristo total”; a nós, membros do Corpo, nos dá a luz espiritualmente.Por ser Mãe física de Jesus
  2. 2.       Por sua cooperação na obra salvífica. Maria ao associar-se como nova Eva a seu Filho, participa ativamente na Redenção, como de forma ativa interveio Eva na queda do gênero humano. Pode-se afirmar assim que Maria é causa de nossa vida sobrenatural; portanto, no plano sobrenatural, Maria é verdadeira Mãe nossa.
  3. 3.       Por sua presença ao pé da Cruz. Ali Maria, aceitando “o testamento da Cruz”, com sua morte mística, deu a luz à humanidade para a vida sobrenatural da graça.

O fiat de Maria é o elemento essencial constitutivo, porém inicial da maternidade espiritual. A cooperação da Virgem na Redenção é o elemento integrativo dessa maternidade e sua presença ao pé da Cruz é o elemento completivo e perfectivo da maternidade espiritual sobre todos os homens.

 

Natureza da maternidade espiritual

 

Há opiniões diversas entre os teólogos com relação ao sentido e à profundidade desta maternidade.

u  Por um lado se sustenta que a Virgem é Mãe dos homens de um modo remoto e mediato. Estes autores afirman que se pode dizer que Maria é Mãe nossa, porque é Mãe de Jesus e Ele é nossa vida. A maternidade de Maria, segundo esta teoria é meramente passiva: Ela não colabora ativa nem positivamente com suas ações.

u  Outros mantêm que a Virgem não só é nossa Mãe porque deu à luz a Jesus, mas que, por ser Maria prototipo da Igreja—nossa mãe—, ao fazer sua a obra da Redenção e receber seus frutos para si mesma e para toda a Igreja, transmite a todos os homens a vida e a graçade Cristo.

 

Convém fazer a seguinte distinção:

maternidade objetiva: a maternidade espiritual com relação à natureza humana;

maternidade subjetiva: a maternidade espiritual com relação a cada homem concreto.

Em relação à maternidade objetiva pode-se dizer que Maria gerou a humanidade para a vida sobrenatural, quando biologicamente gerou Cristo, que é Cabeça da humanidade, pois nesse instante começa a Redenção, ou seja, a regeneração sobrenatural dos homens. Com relação à maternidade subjetiva, Maria concebe a cada um dos homens quando estes recebem a regeneração batismal —pois a graça batismal vem através de Maria—.

Maria é nossa Mãe em três sentidos:

a)      sentido próprio, porque nos comunica, ainda que de forma subordinada, a vida sobrenatural;

b)      sentido espiritual, não físico ou biológico, como é mãe de Cristo; pois nos dá a vida do espírito e não a da carne;

c)       sentido formal, não meramente material, porque aceitou voluntariamente ser Mãe e nos ajuda a conseguir a vida da graça.

 

Extensão da maternidade espiritual

 

Como o fundamento primeiro da maternidade espiritual da Virgem Maria é a pertença dos homens ao Corpo Místico de Cristo, a extensão dessa maternidade está condicionada à incorporação das criaturas a esse Corpo. Maria é:

a)      Mãe de modo excelente dos santos e dos anjos, que já gozam da bem-aventurança eterna;

b)      Mãe em ato e de modo perfeito dos batizados em graça, pois estão plenamente unidos, pela caridade, com Cristo Cabeça;

c)       Mãe em ato, porém de modo imperfeito, dos batizados em pecado mortal, já que estão unidos a Cristo Cabeça só pela fé;

d)      Mãe em potência dos infiéis (não batizados), porque mesmo que atualmente não estejam vinculados a Cristo Cabeça, estão predestinados a poder ser membros seus;

e)       não é Mãe dos condenados.

 

A Mediação Materna de Nossa Senhora

 

Por ser nossa mãe, Maria desempenha ao mesmo tempo sua função materna intercedendo diante de  seu Filho por todos os homens e concedendo-nos as graças necessárias para nossa geração espiritual e para nossa salvação eterna.

É preciso fazer a seguinte precisão de termos:

  • Denomina-se àquela pessoa que media entre outras; isto é, aquela que se ocupa de unir duas ou mais pessoas entre si (se não o estavam) ou de voltar a unir (se tendo estado, agora estão separadas por uma discórdia).mediador
  • Para ser mediador requerem-se duas coisas: a) a razão de meio entre dois extremos —mediação ontológica— e b) o ofício de unir os dois extremos —mediação moral—.
  • La razão de meio exige no mediador que convenha em algo com as partes a unir, e diferencie em algo delas. Sem estas duas condições não cabe a razão de meio.
  • Para ser mediador é preciso também exercer o ofício de unir.

 

Maria é verdadeira e propriamente mediadora, porque Ela cumpre todas as condicões que acabamos de expor. Ela se encontra como meio entre Deus e os homens: por ser Mãe de Deus, distingue-se des outras criaturas; enquanto que por sua condição de pessoa humana, distancia-se de Deus e assemelha-se aos homens. Ela cumpre também o ofício de unir, porque por seu fiat conseguiu que o Filho de Deus assumisse a natureza humana e conseguiu com isso que Deus se aproximasse do homem, e ao mesmo tempo que o homem se unisse a Deus.

Segunda a doutrina paulina, a mediação de Cristo tem duas fases: 1ª) a aquisição da graça por meio da Redenção. Esta fase coincide com a Redenção objetiva, que começa na Encarnação e se consuma com a morte e glorificação de Cristo; 2ª) a distribuição das graças às pessoas. Esta segunda fase se identifica com a Redenção subjetiva, isto é, com a aplicação da Redenção objetiva a cada um dos homens. A primeira fase é fundamento da segunda.

Pelo princípio pode-se dizer que a mediação tem tambem estagios: a) a cooperação da Virgem à obra redentora de seu Filho; b) a dispensação (concessão) das graças, ou seja, sua cooperação na aplicação da redenção—e por isso da graça— a cada um dos homens.

Não se deveria reduzir a mediação de Maria só ao segundo aspecto já que Maria une aos dois extremos —a Deus e aos homens—, ao tornar possível que o Verbo assuma a natureza humana em seu seio virginal. Ademais, seguindo a analogia com a Redenção, o primeiro estágio é o fundamento do segundo.

 

Cooperação de Maria na Redencão in fieri (redencão objetiva)

 

Para o CVII a participação de Maria na obra salvífica de Cristo não é algo acidental oo acessório, mas um fato predestinado desde toda a eternidade no plano divino redentor. A doutrina conciliar sobre a associação de Maria à obra de Cristo pode-se resumir nos seguintes pontos(LG nn. 55-62):

a)      É vontade expressa de Deus que “assim como a mulher contribuiu para a morte, também a mulher contribuisse para a vida. O que se realiza de modo eminente na Mãe de Jesus por ter dado ao mundo a mesma Vida ”.

b)      Maria não foi um instrumento meramente passivo nas mãos de Deus, mas cooperou para a salvação dos homens com fé e obediência livres.

c)       A união da Virgem com seu Filho na obra da salvação abarca toda a sua vida e especialmente desde a Anunciação até à morte de Cristo.

d)      Maria cooperou de forma toda especial para a obra do Salvador com a obediência, a fé, a esperança e a ardente caridade com o fim de restaurar a vida sobrenatural das almas.

e)       No momento da consumação de nossa Redenção, não sem desígnio divino, Maria esteve de pé junto à Cruz, sofrendo e associando-se com entranhas de mãe a seu sacrifício e consintindo amorosamente com a imolação da vítima.

 

Diversas posições dos teólogos contemporâneos

 

Primeira sentença

Alguns autores sustentam que Maria coopera na Redenção de uma maneira mediata e remota. A Virgem Maria consentiu livremente em ser Mãe do Redentor, porém este consentimento constitui uma ação prévia para a Redenção, que se realiza no Calvário. Esta afirmação supõe duas afirmações:

u  restringir a Redenção ao Calvário, ou pelo menos, não valorizar soteriologicamente, em sua exata medida, toda a vida de Cristo;

u  prescindir, ou não atribuir toda sua importância à redenção preservativa de Maria ao colocar a Virgem Maria na mesma condição de todos os outros redimidos, e nenhum deles pode participar, nem imediata, nem diretamente na Redenção.

 

Segunda sentença

Admite-se a cooperação imediata de Maria na obra da salvação. Porém tal cooperação imediata é pasiva, não ativa, pois esta corresponde exclusivamente a Cristo. Segundo esta teoria, Maria, estando junto à Cruz como representante da Igreja, é a primeira a aceitar e reciber os frutos da redenção realizada por Cristo, e através dEla, recebem-nos os outros membros da Igreja.

u  Esta teoria salvaguarda por um lado a trascendência de Cristo, como Unus Mediator, e ao mesmo tempo defende a cooperação imediata de Maria na redenção objetiva. Porém erroneamente assume a impossibilidade da livre e ativa contribuição de outros instrumentos na obra da Redenção que tem a Jesus como sujeito exclusivo.

 

Terceira sentença

Sustenta a cooperação imediata de Maria na Redenção. Deus decidiiu que a Redenção se realizasse pelos méritos e satisfações de Cristo — como agente principal independente, necessário e suficiente— e pelos méritos e satisfações de Maria —como agente secundário, dependente, insuficiente por si mesmo e hipoteticamente necessário—.

u  Segundo esta teoria, os atos de Maria realizados durante toda sua vida e de modo especial sua presença no Calvário foram eficazes para a Redenção em si mesma e não só para a aplicação das graças aos homens.

 

 

 

Natureza da cooperação de Maria

 

O Conc. Vaticano II não quis resolver as questões debatidas entre as diversas escolas teológicas. Limitou-se a expor os elementos essenciais devidamente aprofundados, mantidos pela fé comum da Igreja, propondo alguns esclarecimentos sobre o tema:

a)      o primeiro critério é constituído pelo princípio paulino de que Cristo é o único Mediador (1 Tim 2,5-6);

b)      a mediação mariana não obscurece a mediação de Cristo, nem a aumenta nem a diminui;

c)       a mediação de Maria não é absolutamente necessária; provém da vontade de Deus e procede da grandeza infinita dos méritos de Cristo;

d)      a mediação de Maria não é uma mediação intermediária entre os homens e Cristo; ao contrário é uma mediação indissoluvelmente unida à de Cristoe abssolutamente dependente;

e)       a cooperação de Maria na obra do Redentor é diferente daquela das outras criaturas: é uma cooperação eminente e singular.

 

A cooperação de Maria na Redenção, portanto, embora querida por Deus, é no entanto:

 

a)      secundária: já que a salvação dos homens não pode ser atribuída do mesmo modo a Cristo e a Maria, mas diferentemente:  a Ele principalmente e a Ela secundariamente;

b)      dependente: porque a eficácia das ações de Maria se baseia nos méritos de Cristo e deles depende intrinsecamente;

c)      por si mesma insuficiente: pois as ações de Cristo são de valor infinito e superabundante, para satisfazer a justiça divina. As ações de Maria não acrescentam intrinsecamente nenhum valor aos méritos e satisfações do Senhor;

d)     hipoteticamente necessária: ou seja, Deus poderia redimir-nos exclusivamente pelos méritos de Cristo, sem a cooperação de Maria. Porém, como Deus havia disposto associar Maria à obra redentora, os méritos e satisfações da Virgem são necessários hipoteticamente que se unam aos de seu Filho, como preço da libertação dos homens.

 

Cooperação de Maria à Redenção in facto esse (redenção subjetiva)

 

Pode-se dizer que a missão de distribuir as graças por parte de Maria é uma conseqüência de sua associação à Redenção e de sua maternidade espiritual. Assim, pode-se aplicar a Maria, com toda propriedade, o título de Dispensa­dora, porque, por vontade divina, Ela, subordinada a Cristo, aplica aos homens todas as graças obtidas na Redenção. Maria, portanto, exerce uma certa causalidade na distribuição dessas graças. A maioria dos autores sustentam que Maria distribui todas as graças aos homens de um modo direto e imediato.

 

a) Doutrina do Magistério

 

A afirmação de que Maria é a medianeira universal das graças foi constante no magistério recente. Os últimos Romanos Pontífices repetem que:

u  todas as graças obtidas na redenção nos são concedidas através de Nossa Senhora: Ela é “o pescoço” que une a Cabeça ao corpo.

u  Assim como ninguém pode chegar ao Pai, senão pelo Filho, do mesmo modo ninguém pode chegar ao  Filho senão pela Mãe.

 

A doutrina proclamada no CVII referente a este tema pode-se resumir assim:

u  a mediação da Virgem Maria não cessa com sua Assunção aos céus. A associação de Maria à obra de Jesus é permanente durante toda a história da salvação: desde o proto-evangelho até à segunda vinda de Cristo.

u  Sua mediação é integral, total, pois nos consegue não só algumas graças, mas “os dons da salvação eterna” e “com seu amor materno coopera para a regeneração e formação de todos os fiéis”.

u  Esta mediação mariana é subordinada à de Cristo. A associação permanente e singular de Maria na obra da salvação de seu Filho é totalmente dependente e subordinada com relação ao único Mediador.

 

b) Fundamento teológico da dispensação mariana das graças

 

A intercessão e dispensação das graças por parte de Maria se fundamenta nas seguintes prerrogativas (privilégios marianos):

a)      A maternidade divina: quando Maria com seu fiat (faça-se) deu o consentimento para que se encarnasse o Verbo divino, vinculou-se para sempre à missão de seu Filho mediante “uma entrega total de si mesma, de sua pessoa, ao serviço dos planos salvíficos do Altíssimo…”.

b)      Por sua cooperação à obra da Redenção: “o sim de Maria não é só um sim para que Cristo se encarnasse em seu ventre, mas a aceitação plena de unir sua vida, suas alegrias e suas dores à vida, às alegrias a às dores de seu Filho ”. Maria deve cooperar também na distribuição das graças obtidas na Redenção.

c)       Por sua maternidade espiritual: o fato da maternidade supõe a doação da vida, neste caso, espiritual —por meio da graça santificante— e juntamente com isso deve oferecer os meios oportunos para a conservação e desenvolvimento dela —através das graças atuais—.

 

Com relação à causalidade de Maria para dispensar graças, deve-se afirmar que Ela, juntamente com Cristo e subordinada a Ele, é causa moral de toda graça mediante sua intercessão. Só Deus é o autor da graça, Maria move a Deus para que conceda as graças aos homens.

 

João Paulo II reafirma três características da mediação mariana (RMa nn. 38-40):

u  É uma mediação participada: “o ensinamento do CVII apresenta a verdade da mediação de Maria, como uma participação desta única fonte que é a mediação de Cristo mesmo…”.

u  É uma mediação materna: “a mediação de Maria está íntimamente unida a sua maternidade e possui um caráter especificamente materno que a distingue da mediação das outras criaturas”.

u  É uma mediação universal: “a cooperação de Maria participa, por seu caráter subordinado, da universalidade da mediação do Redentor, único mediador”.

 

Resumo

Cooperação na santificação

 

  • Pode-se falar da da Virgem Maria. A identificação com o seu Filho, não há dúvida, abarca desde o princípio o plano de salvação. Foi junto à de Jesus, onde com particular intensidade exerceu a sua missão corredentora.corredençãotodo Cruz

 

  • : “ foi a vontade de Cristo e de Maria; ambos ofereciam a Deus holocausto: Maria, com sangue no coração; Cristo, com sangue na carne”.Arnaldo de Chartres (s. XII)Umaum mesmo

 

  • “Movida por un imenso amor por nós, ofereceu Ela própria o seu Filho à divina justiça para nos receber como filhos” (). Por nós morre Jesus e sofre Maria. Colaborou com seu Filho para nos fazer e também - por desígnio divino - .Leão XIII, Iucunda semperpor nósfilhos de Deusfilhos seus

 

  • Quando Deus disse profeticamente à serpente (o Maligno): “Eu porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e a sua, que te esmagará a cabeça”(), está a colocar o futuro Vencedor de Satanás e a Mulher, e esta Mulher, em concreto, é . Deus pensou desde toda a Eternidade em Maria como “unum” com Cabeça da humanidade redimida.Gn 3, 15juntosMariaCristo

 

  • serviu-se da para arrastar Adão e os seus filhos para o abismo do pecado e da perdição. servir-se-á de uma para realizar as maravilhas da Encarnação e da Redenção por meio de Cristo, Verbo encarnado no seio de Maria.SatanásmulherDeusmulher

 

  • A divina impõe e justifica radicalmente o principio de uma –íntima, intensa e omni-abrangente – de Maria na vida e missão do Verbo encarnado. Por si própria esta associação coloca a Maria em da redenção e santificação.maternidadeparticipação inteiratodaa história

 

  • Cristo é a Cabeça da Igreja por direito próprio, e é-o de Maria como Mãe.indiscutível e únicainseparavelmente

 

  • Cristo é o , mas quis manter junto de si, estreitamente , associada á sua tarefa , uma . E a Mulher foi , sua Mãe.único Mediadorunidaredentora e santificadoraMulherMaria

 

Mãe e Mediadora

 

  • Maria é nossa Mãe, não em sentido natural, mas sim num sentido , porque é Mãe de Cristo, não só do Cristo em pessoa, mas do (Cabeça e membros).real, espiritual e místicoCristo total

 

  • Maria, quando levava em seu ventre o Salvador, levava também todos aqueles cuja vida estava contida . Todos quantos estávamos unidos com Cristo, saimos do seio de Maria à semelhança de um . Por isso, num sentido certamente espiritual e místico, nós somos chamados e Ela é de todos nós.na vida do Senhorcorpo unido com a sua cabeçafilhos de MariaMãe

 

  • Maria é Mãe dos do Céu de modo . É Mãe das pessoas de modo . É Mãe dos cristãos em de modo , porque estes não têm vida sobrenatural completa, mas só a fé. É Mãe dos de modo ou , pois está destinada a gerá-los na vida sobrenatural.bem-aventuradosexcelenteem graça perfeitopecado mortalimperfeitonão baptizadospotencialde direito

 

  • é Mãe dos do inferno, pois já não lhes pertence em absoluto a união com Cristo.Nãocondenados

 

  • Por ser , é membro especial e todo da Igreja.Mãe da Igrejasingular

 

  • A Mãe de Deus, por querer e dom de Deus, na vida da os filhos de Deus. Maria não é autora da Graça, mas tudo nos leva a pensar que deve haver um compromisso assumido livremente por Deus, com vista à intervenção de Maria na obra da santificação, que a constitui , dadora da vida sobrenatural, crística, criada pela , desde o Pai no Filho pelo Espírito Santo.procria Graçadivinoem verdadeira MãeTrindade

 

  • Os homens podem ser entre Deus e os outros. É uma mediação , participada. Na Virgem dá-se essa mediação participada, pois é de uma natureza especificamente superior, por ser de uma natureza .mediadoressubordinadaessencialmente maismaterna

 

  • O Magistério afirma que Maria é e Dispensadora de as graças: “É lícito afirmar que daquele grandioso tesouro que o Senhor trouxe (...), nos é distribuído senão por meio de , porque Deus assim o quis” ().Medianeira todasnadaMariaLeão XIII, Octobri mense, 22.09.1891

 

  • Foi entregue à Mãe de Deus toda a graça de que , para que seja de Cristo, em favor de todos os seus filhos. as gracias que se comunicam a este mundo têm um processo triplo: seguindo uma ordem altíssima, comunicam-se por Deus a Cristo, por Cristo a Maria, e a nós. É outra manifestação da imensidade do de Deus para e para connosco.seu Filho éAutorAdministradoraTodaspor Maríaamorcom Maria

 

Capítulo IX

 

O CULTO À VIRGEM MARIA NA IGREJA

 

 

1.      Sentido do culto a Maria

 

Podemos definir culto como «os atos pelos quais se reconhece a excelência de uma pessoa e onde se manifestam a submissão e a dependência daquele que os realiza». São João Damasceno o define como «um ato de submissão que vem do reconhecimento da excelência de outro». Santo Tomás diz que é «o ato ou os atos com os que expressamos o reconhecimento de nossa dependência de Deus e pelos quais elevamos nossa mente a Ele».

Como Deus possui uma excelência infinita, qualquer reconhecimento da excelência de uma criatura tem sentido, somente se esse reconhecimento tiver seu termo n’Ele, pois todos os seres criados participam, em graus diversos, de sua excelência incriada. É, portanto, essencialmente diverso, e não só de grau, o culto que se dá a Deus e o culto dado a todos os outros seres. A Deus se lhe dá um culto de adoração e aos santos, aos anjos e a Maria um culto de veneração.

Como Maria se destaca em dignidade, honra e santidade diante de todos os anjos e santos, deve receber um culto inteiramente singular, dentro da veneração.

Comumente se distinguem os seguintes tipos de culto:

a)      de latria, ou de adoração, devido a Deus por sua excelência incriada e infinita;

b)      de hiperdulia, ou de superveneração, tributado a Maria, por sua excelsa dignidade de Mãe de Deus e plenitude de graça.

c)      de dulia, ou de veneração, dado aos santos, por causa de sua excelência sobrenatural.

 

2. O culto mariano no Concílio Vaticano II

 

Sobre este tema encontramos referência na Constituição dogmática Lumen gentium (n. 66-67).

 

O n. 66 fala da natureza e do fundamento do culto mariano:

 

1. Afirma que a Igreja tributa à Virgem Maria «um culto especial», essencialmente diferente da adoração prestada a Deus e também diferente do culto dado aos santos.

2. A seguir expõe os fundamentos do culto mariano.

3. Indica, além disso, o caráter permanente do culto mariano, afirmando sua antiguidade e seu progressivo aprofundamento a partir da definição dogmática da maternidade divina em Éfeso.

4. Explicita as quatro modalidades do culto a Maria:

a)      a veneração, que é o elemento essencial do culto, por meio da qual se reconhece a sua insígne dignidade. Esta veneração se concretiza de modo especial na menção mariana nas orações eucarísticas;

b)      o amor, que surge da piedade filial diante de uma «mãe amantíssima». Maria é amável pelas graças que Deus lhe concedeu e, em especial, por ter sido feita Mãe de Deus e nossa;

c)       a invocação, por ser «Advogada, Auxiliadora, Socorro e Medianeira»;

d)     a imitação, por ser Ela a cheia de graça, adornada de todas as virtudes em grau máximo.

 

        5. Finalmente, conclui este número afirmando a subordinação do culto mariano ao de adoração tributado à Santíssima Trindade. Também mostra a direção cristológica do culto mariano pois, «as diversas formas de piedade para com a Mãe de Deus…fazem com que, ao ser honrada a Mãe, o Filho… seja melhor conhecido, amado e glorificado».

No n. 67 dão-se as diretrizes para o correto exercício do culto mariano:

1. Faz-se três exortações «a todos os filhos da Igreja»:

a)      que fomentem o culto a Maria, particularmente o litúrgico;

b)      que estimem muito as práticas tradicionais de piedade mariana, freqüentemente recomendadas pelo Magistério;

c)      que observem as normas dadas pela Igreja acerca da veneração às imagens de culto.

 

2. «Aos teólogos e pregadores» recomenda:

a)      que se abstenham de toda falsa exageração;

b)      e de toda excessiva mesquinhez ao tratar da singular dignidade da Mãe de Deus;

c)      que evitem toda expressão que possa incluir erro aos irmãos separados;

d)     que cultivem o estudo da Sagrada Escritura, dos Padres e doutores, da liturgia sob a guia do Magistério e expliquem retamente os ofícios e privilégios da Santíssima Virgem Maria.

 

3. «A todos os fiéis» recorda que a verdadeira devoção «não consiste nem num sentimentalismo estéril e transitório, nem numa vã credulidade, mas procede da fé autêntica, que nos leva a reconhecer a excelência da Mãe de Deus» e a um amor filial a Maria imitando suas virtudes.

 

3. O Fundamento dogmático do culto mariano

 

O Concílio Vaticano II expõe resumidamente o fundamento do culto a Maria. Nossa Senhora merece veneração especial:

a) «Por ser Mãe santíssima de Deus»: a dignidade única e exclusiva da maternidade divina, unida a todo o cortejo de graças que a acompanham, elevam Maria a um grau altíssimo de excelência;

b) «porque tomou parte nos mistérios de Cristo»: unindo-se solidariamente à missão redentora, Maria adquire uma dignidade excelsa;

c) por ser « exaltada pela graça de Deus, depois de seu Filho, acima de todos os anjos e de todos os homens», Maria merece que se lhe tribute um culto singular por ser Rainha do Reino escatológico conquistado por Cristo Rei.

 

Paulo VI na exortação Marialis cultus enumera os «sólidos fundamentos dogmáticos» do culto mariano:

a) a singular dignidade de Maria, Mãe do Filho de Deus e «por isso, filha predileta do Pai e templo do Espírito Santo»;

b) sua cooperação nos momentos decisivos da obra da salvação realizada pelo Filho;

c) sua santidade já plena desde sua concepção imaculada e ao mesmo tempo crescente à medida que aderia à vontade do Pai e percorria a via do sofrimento;

d) sua missão e condição única no Povo de Deus, do qual é ao mesmo tempo membro eminentíssimo, modelo acabado e mãe amorosíssima;

e) sua intercessão eficaz e incessante, mediante a qual, mesmo tendo sido assunta ao céu, continua muito próxima aos fiéis que lhe suplicam e mesmo dos que ignoram que são seus filhos;

f) sua glória, enobrece todo o gênero humano. Pois verdadeira filha de Eva, embora alheia à mancha da mãe, é verdadeira irmã nossa, que partilhou em tudo nossa condição;

g) finalmente, o culto a Maria tem sua razão última no desígnio insondável de Deus, que, sendo caridade eterna, realiza tudo segundo seus desígnio de amor: a amou e realizou maravilhas nela (cf. Lc 1,49); a amou por si mesma, a amou por nós; deu-a a si mesmo e a deu a nós.

 

Resumo

          Culto e devoção

 

  • O é uma honra que se tributa a uma pessoa a nós. O culto rendido aos servidores de Deus honra ao próprio , que se manifesta por eles e por eles até Ele.culto superiorDeusnos atrai

 

  • Deus ao constituir sua Mãe em aura de santidade, cumulando-a de graças, expressa-nos de que a honremos enquanto nos seja possível. Louvar Maria é louvar , e, por Ele, a Trindade Santíssima: que filho não se alegra por honrarem a sua mãe? Quanto mais Cristo que, , ama a Sua Mãe mais do que todos os filhos do mundo!a sua vontadeo Filhosendo Deus

 

  •  Tributa-se à Santíssima Virgem um culto de (), devido à sua eminente dignidade de Mãe de Deus, distinto do culto de () reservado a Deus, e do simples culto de () próprio dos outros santos.veneração supremahiperduliaadoraçãolatriaveneração dulia

 

  •  A devoção não consiste, nem num estéril e passageiro , nem uma certa vã ; que procede da , pela qual reconhecemos a da Mãe de Deus, pela qual somos levados a um até à nossa Mãe e à das suas virtudes.verdadeirasentimentalismocredulidadeexcelênciaamor filialimitação

 

  • “Antes de tudo, é sumamente conveniente que os exercícios de à Virgem Maria expressem claramente a nota que é intrínseca e essencial. (...) Na Virgem Maria é referido a Cristo e tudo depende d’Ele: com vistas a Ele Deus Pai, Deus Pai a elegeu desde toda a eternidade como Mãe e a adornou com dons do Espírito Santo que não foram concedidos a nenhum outro” ().piedade trinitária e cristológicatudo toda santaPaulo VI, Marialis cultus 24

 

  • Além disso, é necessário que os exercícios de piedade (...) ponham mais de manifesto o posto que ela ocupa na Igreja: o de nós depois de Cristo. (...) O amor à traduzir-se- -á em amor a e vice-versa; porque uma não pode subsistir sem a outra” ().claramentemais alto e mais próximoIgrejaMaria Ídem 28

 

  • A Igreja, para a Virgem Maria, celebra ao longo do ano litúrgico diversas marianas. exorta a que se promova o culto, especialmente o litúrgico.honrarfestasVaticano II

 

  • O Magistério sublinhou de modo particular duas devoções marianas: o e o .AngelusRosário

 

  • Outras práticas de : Confrarias marianas, Escapulário do Carmo, Mês de Maria, medalhas, sábados dedicados a Maria, peregrinações a Santuários, consagração ao seu Imaculado Coração, etc.piedade mariana

 

Os frutos desta devoção mariana são incontáveis.

 

 APÊNDICE I: São José

 

  • O Magistério sustenta que a Virgem e São José contrairam um .verdadeiro matrimónio

 Os Padres, ao referirem-se a este matrimónio, põem em relevo a providência e

 sabedoria divinas ao dispor que Jesus Cristo nascera virginalmente de uma Mãe

 desposada.

 

  • São José recebeu uma de graça proporcionada à preeminência da sua para a qual foi eleito eternamente pela Trindade. Com efeito, a missão de São José supera a própria ordem da graça e confina com a ordem , constituída pelo próprio mistério da Encarnação.plenitudemissãohipostática

 

  • , em 1962, proclamou-o “ilustre descendente de David, luz dos Patriarcas, esposo da Mãe de Deus, guardião da sua virgindade, pai nutrício do Filho de Deus, vigilante defensor de Cristo, Chefe da Sagrada Família; foi justíssimo, castíssimo, prudentíssimo, fortíssimo, muito obediente, fidelíssimo, espelho de paciência, amante da pobreza, modelo de trabalhadores, honra da vida doméstica, guardião das virgens, sustento das famílias, consolação dos desafortunados, esperança dos enfermos, patrono dos moribundos, terror dos demónios, protector da Santa Igreja. Ninguém é tão depois da Virgem ”.João XXIIIgrandeMaria

 

  • Parece que, depois da Anunciação, a Virgem guardou o grande mistério que tinha acontecido n’Ela, a Encarnação do Verbo.para si

 

  • A de José era sobre a de Maria, mas sobre no futuro daquele mistério.dúvidanãoinocênciao seu próprio papel

 

  • O anjo não só lhe que o sucedido com a sua Esposa é obra ; além disso comunica-lhe que ele tem também uma no mistério da Encarnação: a Jesus, o qual significa, no modo de falar bíblico, que ia ser o pai de Jesus .confirmadivinamissãopôr o nomesegundo a lei

 

  • “Como era pai, José? Tanto mais profundamente pai, quanto mais foi a sua paternidade. A José não só se lhe deve o nome de , mas deve-se-lhe do que a qualquer outro” ().castapaimaisSanto Agostinho, Sermão 51, 20

 

  • de São José: Sixto IV (1476). Inocêncio VIII (1486) eleva-a a maior categoria. Gregório XV (1621) declara-a obrigatória para todo o . Proclama São José como “” Pío IX (1871).Festa litúrgicamun- dopatrono da Igreja universal

 

  • dedicou-lhe uma Exortação Apostólica, (1989).João Paulo IIRedemptoris custos

 

  • “Tratou de chegar à Trindade do Céu por essa outra : Jesus, Maria e José. Estão como que . Jesus, que é perfectus Deus e perfectus Homo. Maria, que é uma mulher, a mais pura criatura, a maior: Maior do que Ela, . E José, que está a María: limpo, varonil, prudente, inteiro” ().trindade da terramais exequíveissó Deusimediatamente a seguirSão Josemaria

 

  • “São José, que te posso de Jesus e de Maria. São José, por quem tenho tido sempre devoção, mas compreendo que devo amar-te proclamá-lo aos quatro ventos (...). São José, , intercede por nós” ().nãosepararcada dia mais enosso Pai e SenhorÍdem  (M.S.)